Alba Pereira

Eu entrei no final de março de 1985, vindo substituir uma professora.  Fiquei encantada com o colégio. Havia liberdade para trabalhar, todos eram muito felizes. O colégio proporciona isso, através das reuniões, através dos encontros para formação e confraternização.  Isso tudo une muito. O Andrews respeita o trabalho do profissional. Com os alunos sempre tive uma ótima relação.  

Eu me lembro que quando entrei em sala e disse que estava esperando neném, o que eu ganhei de presente foi uma enormidade. Os alunos do Andrews são muito carinhosos. Eu trabalho com o 6º ano, os alunos têm 10 ou 11anos. Um ano fizemos um projeto sobre Vinícius de Moraes, foi uma apresentação linda. Uma turma cantou : “ se todos fossem no mundo iguais a você”. Eles estavam com uma rosa na mão e, no final da apresentação, de surpresa, me entregaram as rosas. Isso foi algo que me marcou bastante.

Quando o colégio completou 80 anos, nós fizemos um projeto com as professoras de História e de Inglês. Fizemos um desfile de moda através das décadas. Foi um grande trabalho de pesquisa. O empenho dos alunos para homenagear a escola me marcou bastante também. E quando você começa a dar aula para os filhos dos seus ex-alunos?! Você vai para a Reunião de Pais e ficam todos com o dedinho em pé, sabe, doidos para falar com você... “Ah, eu fechei os olhos, escutava sua voz, era você dando aula para mim.” É uma emoção muito grande dar aula para os filhos de ex- alunos. O Andrews tem um diferencial, sempre teve. Um deles é o fato de ele ser um colégio que não segue nenhum princípio religioso, mas respeita todas as religiões, com suas diferenças. Outro a maneira de acolher o aluno, a parceria com as famílias na formação das crianças e jovens Existe um trabalho de formação. O aluno do Andrews nunca foi um número, como em algumas escolas onde o aluno é conhecido pelo número: 22, 30... O aluno aqui sempre teve nome. Nos Conselhos de Classe, as pessoas que participam – da coordenação, da supervisão – sabem o nome de todos. Quando cheguei, isso me  impressionou  muito, mas acontece até hoje, é assim..

Todo ano nós trabalhamos um tema voltado à condição humana. Estamos vivendo uma época de tantas incertezas e tantas mudanças. O Projeto Educacional do Andrews faz diferença.  Os alunos do Andrews são reconhecidos pela maneira de agir, de pensar, pela autonomia, pela leitura, pela escrita. Existe um trabalho, não só em Português, mas em todas as disciplinas. O Andrews é um colégio que não fica só trabalhando aquilo que vai ser cobrado no vestibular. Ele trabalha o todo. Há uma preocupação muito grande da escola em formar sujeitos autônomos e autores de sua trajetória.  

Quando cheguei tínhamos duas unidades. O dr. Carlos Flexa Ribeiro era o Diretor. Depois o Edgar Flexa que sempre foi muito próximo dos professores. Verinha Flexa e Carlos Roberto também estão no nosso dia a dia. Lembro que logo depois que entrei em Visconde de Silva, a supervisão foi dividida em pedagógica e administrativa, que era a professora Adélia Carregal e o professor Rogério.  Agora, o Pedro Flexa e a Ana Carolina são os Diretores. Eles trouxeram muita coisa nova. A tecnologia entrou aí para mudar. O colégio foi se adequando a essa modernidade, deu subsídios ao professor para se atualizar. Hoje não se pode mais dar aulas como antigamente, não tem como.

Ser professor é um grande desafio, você tem que estar atenta às novas tecnologias, tudo muda muito rápido.  Você precisa de muitos saberes  para poder estar em sala de aula. Não é só a sua disciplina, é muito mais. 


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