Dominique Zander de Mora

Projeto Andrews 90 anos

Entrevista com Dominique Zander de Mora

Rio de Janeiro, 13 de dezembro de 2007

Entrevistadora Regina Hippolito

 

Onde e quando você nasceu?

 

DZM: Nasci no Rio de Janeiro, no dia 24 de abril de 1953.

 

Quem foram seus pais?

 

DZM: Minha mãe era Vera Gutierrez Zander e meu pai José Mora Campos, chileno. Minha mãe se formou em Decoração e meu pai era veterinário.

 

Onde você fez seus primeiros estudos?

 

DZM: Em um colégio muito pequeno São Marcos, cujas diretoras brigaram, e uma delas fundou o Santo André, no Cosme Velho, onde fui estudar. Quando cheguei ao terceiro ano, minha mãe resolveu colocar os três filhos em só colégio, e o único que nos aceitou foi o Andrews, porque minha mãe era desquitada e quase nenhum colégio aceitava filhos nessa situação. Entrei no Andrews na quarta série primária.

 

O que você se lembra desse tempo na Visconde Silva?

 

DZM: Lembro-me de algumas amigas. Havia uma mesa de pingue-pongue no recreio, e um pátio muito grande na frente do colégio, onde nós jogávamos queimado. Formávamos fila, cada classe, hasteava-se a bandeira e cantávamos o hino nacional. Lembro-me também que no ano admissão fomos para um prédio novo, que ficava atrás do pátio. Acho que foi um dos primeiros anos das turmas de admissão, antes não existia.

 

Como você ia para o colégio?

 

DZM: No início, eu tinha uma governanta que me levava para o colégio, eu morria de vergonha. Um dia, foi sugerido de irmos numa Kombi, que vinha de Laranjeiras e me pegava na rua Paissandu, onde eu morava. Era ótimo, porque íamos conversando e brincando no carro.

 

Como foi a passagem da Visconde de Silva para a Praia de Botafogo?

 

DZM: Para mim não houve muita diferença.

 

 

Fale um pouco do ginásio, dos professores, o que ficou marcado.

 

DZM: Lembro do professor Moraes, de Português, do monsieur Arditti, de Francês, que colocava música para cantarmos.

 

Quais matérias você mais gostava?

 

DZM: Matemática e Geografia.

 

Você teve aula com o professor Maia?

 

DZM: Lembro-me muito, ele era professor de Ciências. Mas quem dava aula de Matemática era o Alair. Lembro-me bem dele dando aula particular de Matemática para as provas finais.

 

Quando você acabou o ginásio, você fez científico ou clássico?

 

DZM: Fui fazer o científico. Era uma turma em que tinha muita gente nova, eu tinha um grande amigo chamado Donato. No segundo ano, fui para a turma de Engenharia. Depois fui para o Curso Vetor, mas não cheguei a fazer vestibular de Engenharia. Parei de estudar um tempo. Três anos depois, fiz o vestibular de Letras na Santa Úrsula e passei, cursei dois anos, mas casei e parei de estudar.

 

Qual foi a importância do Colégio Andrews em sua vida?

 

DZM: Foi o colégio da minha vida. Tudo o que eu não podia fazer em casa eu fazia no colégio. Encontrar amigos, turmas, namorar, jogar, tudo era no colégio. Eu gostava muito. Era uma fase da vida em que tudo é descoberta. Gostei tanto que coloquei meu filho para estudar lá.

 

Você viu muita diferença da sua época de colégio para a de seu filho?

 

DZM: Não. Meu filho também saiu de um colégio pequeno para estudar no Andrews. Ele fez amigos no colégio, conseguiu fazer uma turma.

 

Hoje em dia muitas escolas fecharam, o que você acha que o Andrews tem que está resistindo ao tempo e vai fazer 90 anos em 2008?

 

DZM: Acho que o fato de a família continuar trabalhando no colégio.

Importante também é que o Andrews é um colégio laico.

 

Você se lembra de algum fato engraçado ou curioso da época do colégio?

 

DZM: Lembro-me que eu sentava ao lado da Ângela no ginásio, e a turma que usava a mesma sala de manhã era do clássico ou científico. Ela deixava bilhetes para os meninos. Era uma paquera através desses bilhetes, ninguém sabia quem era.

 

Você quer acrescentar alguma coisa?

 

DZM: Naquela época, fazíamos prova oral no final do ano. Havia uma banca, sorteava-se o ponto. Como meu nome começa com “D”, eu era uma das primeiras. No ginásio não tinha mais fila para subir para as salas, só no primeiro dia de aula. O professor Edgar Azevedo fazia um discurso, coisa que também acontecia no último dia de aula. Era quando assinávamos as camisas, nos despedíamos.

 

Muito obrigada pelo seu depoimento.

 

 


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