Eliane Aguiar

Eliane Aguiar, orientadora educacional, chegou ao Andrews em 1988. Na ocasião da mundança do Colégio para a Visconde de Silva, participou do processo de verticalização do SOE (Serviço de Orientação Educacional), um setor de interlocução com a escola inteira – aluno, professor, família, direção. “Sou muito realizada. Se eu tivesse que recomeçar, não tenho dúvida de que seguiria pela Educação novamente”, revela.

Para ela, o Andrews faz diferença porque é um Colégio que escuta a todos: não só famílias e alunos, mas até uma sociedade com desejo de ser atendida. “Esses anos todos eu presenciei uma gestão muito pautada em uma aprendizagem construída a partir desses olhares, dessas impressões, daquilo que lemos, das nossas preocupações. Isso é muito humano. Todas as decisões sempre passaram por nós. A Direção da escola divide. Por isso é fácil dizer que é o nosso projeto, a nossa escola”, afirma Eliane.

Sobre a contribuição do Andrews para a formação dos professores, a orientadora educacional acredita que o ponto de partida é o diálogo. “Levantamos junto aos professores quais necessidades eles têm, quais são as dúvidas, o que gostariam de debater. Estamos todos em torno do mesmo projeto. Essa é a diferença. A metodologia de atualização e discussão desse projeto é muito peculiar. O Andrews é um Colégio que agrega valor, pessoas, conhecimento, trocas”, enfatiza.

Em relação à formação da geração de brasileiros do século XXI, Eliane considera que faltam exemplos e modelos. “Nós estamos diante de uma geração sem desejo, sem projeto, sem planejamento, e isso tem muito a ver com a questão da educação. Aqui, o nosso projeto tem a questão da autoria, da autonomia, de responsabilizar. Nossa proposta é debater temas contemporâneos, atuais, questões que se colocam hoje e para as quais ainda não temos as respostas”, observa. “Para o futuro do Andrews, meu desejo é que não se perca essa escuta, esse pulsar, o respeito com os alunos, com as famílias. Que os gestores não se afastem da essência, da identidade da escola, porque é isso que faz uma instituição”, finaliza.