Carolina Hippolito Von Der Weid

Projeto Andrews 90 anos

Entrevista com Carolina Hippolito Von Der Weid

Rio de Janeiro, 4 de novembro de 2007

Entrevistadora Regina Hippolito

 

Onde e quando você nasceu?

 

CHW: Eu nasci em Nova Friburgo/RJ, em 15 de setembro de 1979.

 

Quem foram seus pais?

 

CHW: Regina Hippolito e Roger von der Weid. Minha mãe é socióloga, pesquisadora, e meu pai é engenheiro ambiental.

 

Onde você fez seus primeiros estudos?

 

CHW: Sempre no Colégio Andrews. Entrei lá no Jardim de Infância com dois anos e meio.

 

Você foi para a Visconde de Silva. Lembra-se dessa época?

 

CHW: Fiquei na Visconde de Silva até a sexta série. Eu me lembro de vários professores, especialmente da professora Arminda, da segunda série, que foi meu último ano no colégio antes de ir para a Suíça com meus pais. Ela foi muito carinhosa. Lembro também da professora Salvadora, de Ciências, na quinta série. Da professora Estela, de Francês, já no Ginásio.

 

E de seus colegas da Visconde de Silva você se lembra?

 

CHW: Tenho uma grande amiga, Flávia, que vejo todos os anos. Nos conhecemos na quarta série, logo que voltei da Suíça. Ela ficou no colégio até a oitava série, então fizemos a transição para a Praia de Botafogo juntas.

 

Como foi essa transição?

 

CHW: Foi divertidíssima, porque era como se tivesse ganhado uma independência. Eu ia de ônibus sozinha. A Visconde de Silva era aquele lugar onde eu estudava desde bebê.

 

Quais professores mais se destacaram para você na Praia de Botafogo?

 

CHW: Eu sempre tive grandes professores de História, tanto que fui fazer História muito em função disso. Tinha o professor Joel que era ótimo, na oitava série. No colegial também tive bons professores.

 

Além dos professores de História, tem algum outro que ficou marcado para você?

 

CHW: De Geografia tinha o professor Ivan Paladino, que era fantástico. Até hoje quando viajo me lembro dos desenhos que ele fazia no quadro negro, que eram lindíssimos. Tudo que aprendi em Geografia foi em virtude dele. Lembro também do JJ, professor de Química inorgânica. Quase fui fazer Química por conta dele, eu adorava. Tinha também um professor de Física, no terceiro ano, que foi a única pessoa que me fez entender um pouco essa matéria.

 

Você acha que o colégio teve influencia na escolha de sua profissão?

 

CHW: De forma geral sim, porque no Andrews sempre tivemos uma visão muito larga da realidade. Na verdade, o ensino lá sempre me pareceu muito mais voltado para a formação da personalidade e do caráter do aluno do que propriamente um ensino para passar no vestibular, com uma meta específica. Na minha história de vida, o Andrews sempre teve um papel muito central. O que eu conheço como formação pessoal está muito ligado ao Andrews. Muito mais do que o conteúdo, o Andrews me ensinou o que o conhecimento poderia me proporcionar.

 

De uns tempos para cá muitos colégios fecharam. O que você acha que o Andrews tem que está resistindo ao tempo e vai fazer 90 anos em 2008?

 

CHW: Acho que é um colégio que não se preocupa muito com o curto prazo. Ele dá ao aluno a possibilidade de ter acesso a uma realidade, e a partir dali o aluno decide o que vai fazer com isso; ele dá as ferramentas, a forma de usar depende de cada um. Isso é o diferencial do colégio, principalmente hoje em dia que se tem uma preocupação imediata com o primeiro lugar nos vestibulares. O Andrews é diferente disso, ele nunca se propôs a ser um cursinho disfarçado de colégio. Ele se propõe a ser uma instituição formadora do caráter dos alunos. Isso talvez seja uma pista do por que o Andrews sobrevive.

 

Quando você se formou no Andrews?

 

CHW: Em final de 1997.

 

Você fez vestibular para que?

 

CHW: Fiz para História nas faculdades públicas e na PUC.

 

E qual faculdade você cursou?

 

CHW: A Universidade Federal Fluminense, de 1998 a 2001.

 

Fale um pouco sobre sua carreira depois de formada.

 

CHW: Saí da faculdade em 2001 e fiz prova para o mestrado na PUC, no Instituto de Relações Internacionais, passei e cursei o mestrado de 2002 a 2004.

 

Qual foi seu primeiro emprego?

 

CHW: Fui bolsista no Cpdoc/FGV, já no segundo período da faculdade e lá fiquei até 2001; em 2002, continuei trabalhando lá, como bolsista de assessora de pesquisa, com o Celso Castro e a Maria Celina, que foram meus tutores desde o início. Em 2004, fiz o concurso para o Itamaraty. Hoje trabalho na Divisão de Acesso a Mercados, no Departamento Econômico do Ministério das Relações Exteriores.

 

Qual foi a importância do Colégio Andrews em sua vida?

 

CHW: O colégio me ensinou a pensar, e isso é fundamental. Ele não me ensinou a fazer prova, não me ensinou a decorar, ele me ensinou a pensar, e isso é o que fica.

 

Muito obrigada pelo seu depoimento.

 


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