Elizabeth Braga Bogdanoff

ENTREVISTA COM ELIZABETH BRAGA BOGDANOFF

EX-ALUNA E AVÓ DE ALUNOS

 

Trajetória no Andrews

Estudei quatro anos no Andrews, entre 1954 e 1958. Só fiz o ginásio lá, porque minha mãe disse: “ela já está ficando uma mocinha, não quero que fique em contato com rapazes. Fui para um colégio de freiras. Senti muito. Adorava o Andrews, na Praia de Botafogo.

 

Escolha do Andrews como colégio das netas

Para mim, a escolha do meu filho foi muito gratificante, porque recebi do Andrews uma boa bagagem cultural e educacional. O Francês que aprendi no ginásio, com madame Jacobina, me permitiu fazer uma prova de seleção da PUC, sobre o Mercado Comum Europeu. Não fiz cursinho, entrei na PUC direto. O colégio de freiras alemãs onde cursei o clássico era fraco, toda minha bagagem cultural veio do Andrews.

Fui aluna da dona Julieta, que era cunhada do Villa-Lobos. O nível dos professores era muito alto. Só tenho admiração pelo colégio.

 

Importância do Andrews na sua vida

Guardo boas lembranças dos colegas. Até hoje eu lembro de seus nomes. A vida nos afastou e perdemos o contato.

 

Andrews pensa diferente / faz diferença

Acho que ele prepara para a vida e dá uma boa educação, mantendo suas crenças.

 

Características que fizeram o Andrews chegar aos 100 anos

Persistência e coerência. O colégio adota regras e não é muito dado a abraçar modismos, se mantendo em uma linha de retidão. Além disso, há a competência de uma família dedicada à Educação. Muitas grandes empresas acabam porque o pai gosta daquilo, mas o filho quer outra coisa. A família Flexa Ribeiro está sempre de mãos dadas, todos em prol da Educação.

 

Andrews do futuro

Espero que minhas netas alcancem o máximo de sucesso, e que o Andrews proporcione a elas a capacidade de alcançá-lo. Hoje em dia o ensino está muito voltado para ampliar o raciocínio, para a criança se desenvolver ao máximo, então eu acredito que elas terão uma educação fantástica e estarão prontas para enfrentar qualquer desafio.

 

Lembranças ou fatos marcantes

Tivemos uma professora de Português muito engraçada, a dona Margarida. O Carlos Roberto Flexa, nosso colega, era muito levado. Ela recitava para ele um soneto de Artur Azevedo: “Carlos Roberto! Tertuliano, frívolo e peralta, que foi um paspalhão, desde fedelho! Tipo incapaz de ouvir um bom conselho, tipo que morto não faria falta!” Ríamos, ríamos, ríamos, pois ela estava brincando com ele.

O professor Maia também brincava com os alunos, quando entrava em sala. Mas, de repente, dizia: “chega”. E todos nós nos sentávamos, quietinhos, ninguém se atrevia a manter a brincadeira. Ele impunha a moral.

Certa vez, madame Jacobina mandou-me dizer uma fábula francesa à frente da turma. Fui, muito nervosa, para recitar, e caí na risada. Quanto mais eu ria, mais nervosa ficava, porque sabia que não podia rir. Por fim, consegui falar a fábula. Estava rindo de nervoso. Ela era severa, mas nós sabíamos tudo de Francês.

 


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