SIP 2021 discutiu conceitos que vão além da escolha da profissão

A 39ª Semana de Informação Profissional – SIP aconteceu de 14 a 16 de junho, apresentando aos alunos da 1ª e 2ª séries do Ensino Médio palestras sobre os temas: Empreendedorismo, Mercado Tech, Economia Criativa, Profissões Verdes e Graduação no Exterior - Projeto Profissional e Universitário (PPU) e Trajetórias Internacionais.

Coordenada pelo Serviço de Orientação Educacional (SOE), a SIP integra o processo de construção da autoria vocacional dos alunos e está prevista no PPU. Seu principal objetivo é informar sobre as profissões e o mercado de trabalho, através das experiências relatadas por diferentes profissionais.

“A ideia é ensinar e dar repertório para que os alunos possam fazer escolhas”, comentou Pedro Flexa Ribeiro, Diretor do Andrews, na abertura do evento. Ele também observou que, por ter sido inicialmente uma programação bienal, apesar de estar na 39ª edição, a SIP acontece desde os anos 1940, no pós-guerra. “Hoje o desafio dos educadores - Escola e Família - é o de formar a geração que chegará à vida adulta e ao mercado de trabalho em torno da metade do século XXI. Saber escolher é algo cada vez mais importante, necessário e precioso”, destacou.

De acordo com Ana Paula Loureiro e Costa, Orientadora Profissional, o panorama da SIP 2021 foi mais temático, com menos foco nas profissões especificamente e mais ênfase nos campos de atuação. “Foram apresentados conceitos que atravessam toda e qualquer escolha profissional. Hoje as profissões não são mais tão estanques e compartimentadas, mas sim complementares e interdisciplinares”, afirmou Ana Paula.

EMPREENDEDORISMO E MERCADO TECH

A palestra de abertura “Afinal, o que é Empreendedorismo?” foi ministrada no dia 14 de junho pelo ex-aluno Rafael Ponzi Ribeiro. Publicitário e pós-graduado em Administração de Empresas, atualmente ele é empresário do setor de empreendedorismo, sócio do Clube Empreendedor Brasil e da Startup Enterp Mobile. Rafael  destacou as diferenças entre empresário e empreendedor, ressaltando que em um mundo ideal os dois seriam a mesma pessoa, unindo a visão gerencial à realização de ideias inovadoras. “Entretanto, a realidade é um pouco diferente e isso não é uma desvantagem, pois muitas parcerias podem surgir a partir dessa carência de competências”, alertou. Ele  também falou sobre o Intraempreendedorismo, as oportunidades e novas relações de trabalho no mundo VUCA – Volatility, Uncertainty, Complexity, Ambiguity, a importância da atitude sustentável e a Economia circular.

A programação do dia 14 incluiu ainda a Mesa Redonda “O Mercado Tech”, que teve a participação de Cristiane Xavier – carioca que mora em Toronto, no Canadá, onde é líder da organização Women in Agile, fomentando a integração de todos os gêneros na comunidade ágil – e Jakov Trofo Surjan – Engenheiro, Professor e Consultor de empresas, com atuação em planejamento, reorganização, conhecimento, qualidade, técnicas de tecnologia da informação e projetos educacionais na área acadêmica.

Cristiane apresentou os diversos aspectos da tecnologia, salientando que esta área também absorve profissionais de Arte, Música, Letras, Psicologia, Medicina, Administração e outras. A palestrante citou o Campo de tratamento de Dados, sugerindo que este talvez seja o mais necessário do século XXI, reunindo um conjunto de habilidades multidisciplinares que cobrem áreas distintas como engenharia da computação, ciência da computação, modelagem de dados, novas tecnologias e programação.

O Professor Jakov Trofo Surjan ressaltou que o profissional de TI - Tecnologia da Informação é necessário em todas as empresas. Ele explicou aos alunos sobre as atribuições do Desenvolvedor de Games, do Arquiteto de Sistemas e mostrou um panorama do mercado de trabalho com os setores, as posições de destaque, as carreiras do futuro e as habilidades mais necessárias.

ECONOMIA CRIATIVA E PROFISSÕES VERDES

A terça-feira, dia 15 de junho, começou com a Mesa Redonda “Economia Criativa e Mercado de Trabalho”, integrada por Alice Ferruccio, que atua na Escola Politécnica da UFRJ como Diretora Adjunta de Carreira e Empreendedorismo, Professora Associada do Departamento de Engenharia Industrial e Coordenadora Geral do Laboratório de Empreendedorismo e Novos Negócios, e Luciana Guilherme, Professora de graduação e pós-graduação na ESPM Rio, pesquisadora vinculada ao Laboratório de Economia Criativa, Desenvolvimento e Território (LEC) e consultora em Economia Criativa e Políticas Públicas de Cultura.

Em sua apresentação, Alice mostrou a Escola Politécnica e seus projetos, com destaque para um app criado pelos alunos. Ela enfatizou que, além das competências técnicas e comportamentais, é importante dominar um idioma, principalmente o Inglês, para a inserção no mundo globalizado. Exibiu exemplos de Economia Criativa na moda e nos setores de editorial, de audiovisual e tecnologia, além de dados que revelam que 1,8% de toda a mão de obra nacional atua na indústria criativa.

Luciana Guilherme iniciou sua palestra trazendo perguntas para reflexão. Ela fez uma apresentação mais voltada para a área cultural, usando como exemplo uma companhia de Teatro que começou a produzir os próprios musicais, com uma estrutura menor, porém criativa, e contando histórias brasileiras. Mostrou também o ciclo econômico, os profissionais nele envolvidos e o impacto dessa economia no Brasil, o chamado PIB criativo. Evidenciou os setores com potencial de crescimento, como o carnaval, a música e o audiovisual, além dos produtos multiplataformas que envolvem ainda mais profissionais. Concluiu falando sobre a criatividade que é gerada pelas crises, como aconteceu durante a pandemia.

Na sequência, foi apresentada a Mesa Redonda “Profissões Verdes - Já ouviu falar sobre isso?”, com Fernanda Guilardi da Silva, mãe de aluna, Geóloga, Pesquisadora convidada da Universidade Federal Rio de Janeiro; Ubirajara Simões Santos, pai de aluna, Geólogo da Petrobras, que atualmente trabalha em uma das áreas de desenvolvimento da Produção de Hidrocarbonetos; e Isabel Cristina dos Santos Carvalho, Doutora em Física, Professora associada no Departamento de Física da PUC-Rio, pesquisadora da área de Ótica, com ênfase em sistemas vítreos e fibras ópticas.

Fernanda contou aos alunos um pouco de sua experiência no curso de graduação e na carreira profissional. A palestrante afirmou que, além do diploma e do emprego, a Geologia lhe proporcionou “ver o mundo através de outra escala e perspectiva, entrar no universo da pesquisa acadêmica e entender seu tamanho e papel dentro de uma grande engrenagem”. Ela finalizou a apresentação indagando: “Sabendo que somos todos agentes de transformação do meio, que tipo de meio estou deixando para as próximas gerações?”.

Ubirajara Santos trouxe informações sobre a indústria do petróleo e as profissões verdes, definidas pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) como “qualquer ocupação que possa ter um impacto positivo em termos de reduzir emissões de carbono e impactos ambientais”. A palestra abordou os efeitos da exploração de produção de petróleo e gás, apresentou dados sobre a oferta interna de energia no Brasil e mostrou quais são as profissões envolvidas.

A Física Isabel Carvalho destacou que as profissões verdes envolvem um grande leque de segmentos socioambientais e não exigem a formação de novas profissões, mas uma adequação das ocupações tradicionais, como Engenharia, Física, Geografia, Química e Psicologia. Ela fez referência a um estudo da USP - Universidade de São Paulo, que mapeou 11 carreiras verdes com maior potencial de crescimento nos próximos anos. Também chamou a atenção dos alunos para a Fotônica (Engenharia de Fótons) Verde, um tema atual, muito discutido em conferências mundiais.

GRADUAÇÃO NO EXTERIOR, PPU E TRAJETÓRIAS INTERNACIONAIS

No dia 16 de junho, quarta-feira, as turmas assistiram ao vídeo pré-gravado dos ex-alunos Clarice Costa e Gustavo Stille, conversando sobre Graduação no Exterior - PPU e Trajetórias Internacionais. Ambos cariocas, “nascidos e criados” no Andrews, eles contaram sobre o caminho que trilharam para chegar aonde estão hoje.

Clarice Costa relatou que se inspirou no Gustavo, que é irmão de uma de suas melhores amigas, para estudar no exterior. Aos 15 anos, ainda no Ensino Médio, foi intercambista na Nova Zelândia. Mais tarde, graduou-se em Hospitality & Business Management (Hotelaria) na Universidade de Cornell, em Nova Iorque, EUA. Começou a carreira na área de desenvolvimento e qualidade de hotéis. Foi diretora de consultoria operacional e financeira da maior Asset Management de hotéis da América do Norte. Atualmente é Gerente de Projetos em uma empresa de consultoria de Recursos Humanos, em Melbourne,na Austrália, onde mora há um ano. Para ela, o jeito de “pensar diferente” do Andrews, considerando o que cada pessoa é, não só no papel, mas na bagagem que traz como ser humano, é semelhante ao perfil das universidades norte-americanas. “Eles investem nos alunos, têm interesse neles”, afirmou.

Gustavo Stille relembrou que a ideia de fazer intercâmbio surgiu no PPU do Andrews e também teve bastante incentivo dos pais. Depois da experiência de um ano no High School, conseguiu ingressar na Walsh University, onde se formou em Administração de Negócios e Marketing (2009) e MBA em Administração (2011). Durante 10 anos trabalhou com instituições públicas e privadas de ensino superior nos Estados Unidos, desenvolvendo programas para atrair novos estudantes. Atualmente é Recrutador Executivo especializado em Logística e Transporte Internacional na empresa Global Executive Solutions Group, em Ohio, EUA, onde vive há 17 anos. “É muito bom poder ajudar, compartilhando minha experiência internacional”, declarou.

COLÉGIO ANDREWS

(21) 2266-8010

Endereço:
Rua Visconde de Silva, 161
Humaitá CEP 22271-043
Rio de Janeiro - RJ

Colégio Andrews
Todos os Direitos Reservados
@ 2017